As vezes, quase sempre, eu achava que a minha vida pudesse ser como numa novela..coisas aconteciam, e eu me imaginava dona do mundo, achando que pudesse ajudar todo mundo e mudar tudo de alguma forma. Como toda garota, já tive e tenho sonhos, aprontei bastante, sorri, pulei, bebi, enfim..nunca dava tanta bola para o que acontecia. Minha imaginação ia além do que se pode imaginar..tudo o que eu queria que acontecesse eu imaginava, e sentia que isso realmente aconteceria, mas as vezes me desapontava quando não funcionava bem assim..
Quando cheguei na adolescência percebi que tudo tinha mudado. Comecei a ter medo, medo de algumas amizades, medo de gostar de alguém, medo do que o próprio medo pudesse fazer com a mente das pessoas. Tinha medo de mim mesma, da minha imagem, das minhas atitudes. A minha consolação eram apenas duas coisas. Uma caneta & um papel. Neles eu comecei a me expressar. No começo, eram poemas, depois percebi que tudo aquilo poderia virar música. Comecei a compor músicas de todos os tipo..músicas de revolução, músicas de amor, de sofrimento, de saudade, e assim eu botava TUDO pra fora.
O medo ainda tomava conta de mim. Eu queria viver, ir para as baladas, fazer o que desse na telha, mas ainda vivemos num mundo em que a imagem torna-se o centro de TUDO. Se eu saísse por aí ficando com deus e o mundo, seria taxada de biscate, se eu tratasse todos os HOMENS (principalmente) com apelidos carinhos, seria 'a garota dada', se eu bebesse, desta vez seria 'a sem juízo', se eu falasse QUALQUER tipo de vulgaridade, agora seria 'a desclassificada'.
Quando uma pessoa está para baixo, nada melhor que um sorriso para curar o desânimo, e uma demonstração de carinho & afeto.
Desde pequena, vía aquelas mulheres BONITOOONAS desfilando, falando, rindo e achava que eu poderia chegar alí, como elas. Ser como elas!
Sempre quis ser famosa, e tentar mostrar o que eu sabia fazer de melhor. Desde que descobri REALMENTE o mundo em que vivo, uso uma máscara, na qual eu coloco quando acordo e só tiro quando coloco a cabeça no travesseiro, que é aií que eu paro pra pensar em todas as coisas qe me aconteceram no dia. Essa máscara esconde a minha tristeza e essa maldita bactéria que corróe o meu coração e me deixa com um mal estar, sentindo falta de alguma coisa..perto daqueles que me rodeiam, só existe uma palhaça, sorridente que não têm problemas.
MENTIRA!
Eu sou cheia de problemas, como todo mundo.
Sempre quis dar & receber amor, sempre quis ser amada, ser feliz. Sim, eu sou feliz, mas as vezes CANSA ter que superar tantas barras.
Sabe o que é você brigar TODO DIA com sua irmã, e ver sua mãe quase morta na sua frente? Muitas pessoas não sabem o que é isso.
Minha família não é igual a todas, e nem é a mais comum nem nada. É totalmente pirada.
Com o tempo, a gente aprende que não importa o quão legal você seja, pois S-E-M-P-R-E vai ter alguém que te odeie.
As vezes acho que eu devo ter um papel mais de MULHER do que de ADOLESCENTE e tentar deixar tudo o que eu quero de lado e seguir o caminho entre o que é bom e o que é MELHOR.
Ultimamente tenho pensado bastante, e descoberto o meu lado mais emocional o meu lado mais RACIONAL, e vendo que o mundo não é aquele mar de rosas que eu achava que era quando era pequena e desenhava coisas fofinhas cheia de borboletas ou estrelas.
A política estraga o mundo, as drogas estragam o mundo, a falta de capacidade mental do ser humano estraga o mundo.
Se TODOS sem exceções tentassem ajudar o mundo de alguma forma, não estaríamos no estado em que estamos.
Um dia tudo terá um fim, do mesmo jeito que começou, e aí..
Aí..não terá mais volta! ?
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
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